Comparamos Alphaville com bairros equivalentes da capital paulista. Confira o resultado
Quem vive por aqui, com certeza, já ouviu alguém dizer que morar em Alphaville é caro. Mas será mesmo? Decidimos investigar. Segundo estudo feito com exclusividade para VERO pelo Grupo de Estudos Urbanos (GEU), Alphaville conta hoje com 81,8% dos domicílios de classes AB* (renda superior a R$ 11.351). Se compararmos com a capital paulista, os bairros que mais se aproximam desse percentual são Moema (79,8%), Jardins (74,9%), Alto de Pinheiros (71,1%) e Itaim Bibi (71,6%). Por isso, esses foram os endereços utilizados para esta reportagem.
E, apesar de os gastos com habitação serem os primeiros que vêm à cabeça quando falamos de custo de vida, esse é apenas um dos itens que devemos levar em consideração. De acordo com o diretor do Grupo de Estudos Urbanos (GEU), Milton Fontoura, alimentação, despesas com moradia, educação, combustível, saúde, recreação e cultura devem ser considerados.
Com base nisso, chegamos à primeira conclusão: uma família de quatro integrantes – dois adultos e duas crianças em idade escolar – gasta, em média, R$ 20 mil por mês para viver em Alphaville – levando em conta gastos com aluguel, condomínio, IPTU (cidade de Barueri), combustível, educação, alimentação e diversão cerca de três vezes no mês. Enquanto isso, uma família com a mesma estrutura, se optar por viver em bairros como Jardins, Alto de Pinheiros ou Moema, na capital paulista, gasta R$ 23 mil. Ou seja, viver nos bairros pesquisados de São Paulo é mais caro do que habitar as bandas de cá. É claro que se levarmos em conta toda a cidade de São Paulo, essa média de gastos cai significativamente, pois há diversas opções espalhadas pela capital, que tem uma área de 1.521 quilômetros quadrados.
“Para a gente, foi uma surpresa em relação aos custos. Tanto que nos primeiros meses por aqui falamos ‘vamos segurar um pouco’. Mas logo percebemos que os preços eram bem parecidos”
Aline Meyer, que se mudou de São Paulo para Alphaville há poucos meses
No quesito educação, a região tem um valor um pouco mais elevado. Comparamos oito escolas de mesma rede que têm filiais em Alphaville e na capital (considerando o ensino infantil). Em seis delas, a variação média entre as unidades daqui e de lá é de 4,3% a mais em Alphaville. Já em duas, esse valor passa de 50%. Em relação ao valor das mensalidades praticadas, Alphaville custa 9% a mais, com a média de R$ 2.145,19. Enquanto em São Paulo, o valor é de R$ 1.962,10.Um dos fatores que influencia esta variação é o custo da mão de obra mais elevado, já que muitos professores vem de São Paulo. Nossa pesquisa também não considerou a diferença de estrutura entre as unidades de mesma rede, apenas o valor da mensalidade.
A conta da padaria é ligeiramente mais salgada por aqui. A média do quilo do pãozinho é R$ 15,65. Nos bairros pesquisados de São Paulo, ele cai para R$ 14,90. Se você quiser uma opção mais em conta, na região central da cidade vizinha, Barueri, o quilo do pão é R$ 12,40. O espresso daqui custa, em média, R$ 4,90. Nos bairros pesquisados da capital, cai para R$ 4,30. A média geral de São Paulo é igual à de Barueri: R$ 3,40.
Por outro lado, a pizzinha do domingo à noite é cerca de 27% mais barata em Alphaville se comparada às pizzarias dos bairros pesquisados da capital. Vale lembrar que uma pesquisa recente encomendada pela VERO ao MeSeems revelou que os programas preferidos das famílias na região são ir ao shopping, ir a restaurantes e ir ao cinema. Este último também é um mocinho. Nos nossos shoppings, o ingresso normal no fim de semana custa R$ 25. Mais barato até que a média geral de São Paulo, R$ 26,50. Nos bairros pesquisados da capital, ela dispara para R$ 39.
E para quem acha que os estacionamentos por aqui são os olhos da cara, uma revelação: enquanto pagamos em média R$ 10,57 na primeira hora, nos bairros pesquisados, pagam-se R$ 13,25. O problema é sair do cinema e ter que pegar o carro para ir jantar em outro lugar. Segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), nossa gasolina é mais cara que a média do país: R$ 3,86 o litro. Em São Paulo, ela custa R$ 3,44, e a média do Brasil é R$ 3,67. Já se você decidir tomar um choppinho no happy hour, vai gastar quase a mesma coisa que na Vila Madalena: em Alphaville ele custa R$ 9,45, contra R$ 8,9 nos bairros pesquisados paulistanos.
Para quem deseja comprar um imóvel, o preço médio do metro quadrado de Alphaville é muito menor que o de São Paulo: R$ 6.500. Na capital, a média é de R$ 9.300. Entre os bairros pesquisados a diferença é maior. Nos Jardins, o metro quadrado custa R$ 10.555; no Itaim, R$ 11.458; e em Moema, R$ 10.396.
“O que mais impacta é o imóvel, que é muito mais barato em Alphaville. As demais coisas são quase o mesmo preço” Diego Fachini, que se mudou de Alphaville para São Paulo há alguns meses
Quanto vale e quando custa?
Os números não querem dizer muito se não analisarmos cada contexto. Por isso, outra coisa que deve ser levada em consideração na hora de decidir onde morar é o estilo de vida, além do que tem valor para cada família. O empresário Diego Fachini viveu por muitos anos em Alphaville. Há seis meses, mudou-se com a esposa e o filho pequeno para a região de Moema. No caso dele, a empresa e a vida de negócios já estavam na capital, então, foi um caminho natural. “O que mais impacta é o imóvel, que é muito mais barato em Alphaville. As demais coisas são quase o mesmo preço”, diz. Por conta da diferença dos valores, eles acabaram se mudando para um apartamento um pouco menor, mas sem reduzir o padrão. “Para pagar o ´mesmo preço´, reduzimos a área em 30 metros, mas tenho muito mais qualidade de vida”, relata. Isso porque hoje ele consegue fazer muito mais coisas de bicicleta, a pé e até mesmo de metrô. “Infelizmente, Alphaville é um lugar que não incentiva isso. O contrário de São Paulo”, explica.
A mudança na rotina foi tanta que Diego até conseguiu reduzir um veículo: “No meu caso, fez muita diferença, porque em Alphaville precisava de dois carros. Eu precisava de um, e minha mulher de outro. Hoje, como faço muita coisa a pé, descartamos um carro. Só aí já reduzimos pela metade o custo com gasolina e diminuímos um IPVA”, relata. Nos gastos do dia a dia, ele também notou algumas diferenças sutis: “Supermercado é a mesma coisa, mas gasolina é bem mais barato em qualquer posto em São Paulo, e na padaria também noto os preços um pouco mais baixos aqui”, diz. E conclui: “Fazendo uma conta por alto, economizo cerca de R$ 1.000 por mês morando e trabalhando em São Paulo”.
Já a professora Aline Meyer fez o caminho inverso. Depois de anos morando no Morumbi, ela se mudou com o marido e a filha para a região central de Alphaville – e só tem elogios. “Como eu morava no Morumbi, tudo que tínhamos que fazer em São Paulo era de carro. E sempre pegávamos trânsito. Aqui, chego em cinco minutos em qualquer lugar”, conta. O custo de vida foi uma surpresa para Aline. “Nos primeiros meses, até falamos ‘vamos segurar um pouco’. Mas logo percebemos que os preços eram bem parecidos”.
“Supermercado e farmácia são mais caros, mas, pesquisando, sempre consigo bons preços”, relata. Para ela, a melhor parte foi a descoberta de um novo estilo de vida: “Temos um parquinho [Praça Oiapoque] bem embaixo do nosso prédio. Minha filha adora. E por lá, em poucos meses, já fizemos mais amigos do que tínhamos em anos no Morumbi. Percebemos também um grande espírito de camaradagem. Meu marido trabalha em São Paulo. Acredita que ele já tem um grupo que faz rodízio dos carros para lá?”, diz, satisfeita.
FONTE: Revista Vero Alphaville
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